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Sim, aceito ser feliz (até que a preguiça nos separe)

Olá a todos!

O Relatório Mundial da Felicidade de 2017 indica que Portugal, este país à beira mar plantado, encontra-se na 89ª posição de entre os países mais felizes. Curiosidades complementares a este estudo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 193 países. Nesta contabilização existem alguns senãos ausentes, como a Gronelândia, pertencente à Dinamarca, a República da China ou até países observadores, como o Vaticano ou a Palestina (vamos esperar que o segredo da felicidade não se encerre nestas ausências). Este estudo é feito com aproximadamente 3000 respondentes e 155 países. A Noruega surge como líder, seguida pela Dinamarca (a quem destronou) e a Islândia encerra este pódio da felicidade, sendo que os países nórdicos ocupam cinco das dez primeiras posições. Os países menos felizes são Ruanda, Síria, Tanzânia, Burindi e, por último, República Africana Central. Estas opções não surpreendem, já que, tendencialmente, são locais que passaram por guerra, desastres naturais e dificuldades sociais.

"Os países mais felizes são aqueles e em que há um equilíbrio saudável 
na prosperidade e um alto capital social, o que leva a uma confiança 
na sociedade, baixos níveis de desigualdade e confiança no governo". 


Factores do estudo que determinam a felicidade
ü  PIB per capita, ie, a riqueza por pessoa
ü  Expectativa de anos de vida saudável
ü  Suporte social
ü  Percepção de ausência de corrupção 
ü  Liberdade para tomar decisões 
ü  Generosidade


Esta análise permite ver que, ao nível pessoal, a forma a aumentar a nossa felicidade passa por:
  • Encontrar um emprego satisfatório e sustentável
  • Tentar viver num lugar feliz 
  • Rodearmo-nos de suporte social
  • Cuidarmos da nossa saúde 
  • Ser generosos (em tempo e dinheiro)

Os nossos objectivos específicos podem contribuir para uma comunidade geral mais feliz? Creio que é evidente que sim. A forma como vivemos em sociedade está indissociada da felicidade pessoal e vice-versa. Vale, então, a pena reflectir sobre e isto e, pormo-nos em acção!

Na última partilha que aqui fiz, ficou pendente uma conversa sobre como trabalhar para ser mais feliz. Há pequenas dicas que qualquer um de nós tem o poder de colocar em prática e caminhar no sentido de ser mais feliz. Sendo que nem tudo o que parece é, como podemos comprovar aqui, a nossa percepção adequada e positiva sobre o que nos acontece e a forma como vamos gerindo as nossas expectativas e interpretações, será determinante para um quotidiano de maior bem-estar e menores frustrações. 

Vejamos, já estamos no mesmo barco de compreender que a nossa realidade é contaminada pela nossa lente. E já percebemos também que ser feliz dá trabalho. E que pode ser um trabalho de equipa para reflectir uma sociedade composta. Pronto, vamos abrir aqui uma excepção (que a vida também é feita delas e ainda bem). Se está a sentir-se mesmo em baixo e quer felicidade imediata, então clique aqui! Caso queria felicidade duradoura, continue a ler.

Aquelas velhas máximas de:
  • alimentarmo-nos bem
  • fazermos exercício físico
  • termos um quotidiano estruturado
  • socializarmos com quem queremos
  • não permitirmos a pessoas tóxicas que nos afectem
  • termos um animal de estimação (que cuide de nós)
  • bebermos muita água
  • termos um trabalho que apreciemos, 
  • vivermos no presente
  • valorizar o momento
  • de ter a casa ampla, limpa e organizada, como a nossa mente, 
  • etc.
Funcionam? Sim. Naturalmente que sim. Portanto, avancemos para coisas diferentes.

Eu encorajo as pessoas a arranjar mais tempo para as coisas que lhes dão mais prazer. Não há uma vez que esteja a auxiliar a agendar um quotidiano, seja por uma questão de estratégia, de procrastinação ou apenas de organização, que não inclua actividades prazenteiras. O almoço com um amigo, a festa de anos da namorada ou até a visita à exposição que mais queremos ver, pode e deve constar nas actividades programadas. 

Devemos olhar para a agenda e sentirmo-nos 
tanto úteis como felizes, com tudo o que vamos alcançando.

Quanto mais horas por dia um adulto acreditar que está a usar as suas competências e aptidões, aquilo em que é realmente bom, mais pode aumentar a energia, a sua sensação de bem-estar, de estar descansado, feliz, sorridente, interessado e sentir-se respeitado. Importa sentirmo-nos confortáveis com o que estamos a fazer, sem esquecer que vivemos em sociedade. Cuidar dos outros também nos transmite uma sensação de bem-estar. É um trabalho exigente (sim, preocuparmo-nos e cuidar, dá trabalho, não é algo passivo), no entanto, o preocuparmo-nos, seja com coisas, connosco, com amigos, com família, com animais de estimação (redundante, eu sei) é algo que nos aumenta significado ao dia-a-dia. Certo que isto significa que teremos sentimentos desagradáveis, um envolvimento significativo aumenta o stress, as preocupações, a ansiedade, ou seja, tudo o que reduz a felicidade. Mas uma vida plena consiste em ser capaz de ser resiliente e moderado perante as adversidades (já agora, cuja preocupação antecipatória deve ser qb, apenas preventivamente e com o objectivo de alcançar soluções), usufruindo das coisas boas que planeamos, focando-nos no que é relevante para nós sobre o que é necessário e, se conseguirmos partilhar isto com quem gostamos, apenas teremos um bónus acrescido. Isto tudo com a noção de que apenas controlamos a forma como gerimos o que nos vai surgindo e que a perspectiva que temos é fulcral para uma percepção positiva do nosso dia.

É importante tomarmos consciência do que sentimos e sermos capazes de viver no presente. Não conhecemos o amanhã e o ontem já passou, investir no presente é a única forma de garantir que não precisamos de nos preocupar com o passado ou com o futuro! Há detalhes banais que podem adquirir outra amplitude, se ao menos lhes prestarmos atenção: saboreie os alimentos, inspire fundo e sinta o ar percorrer os pulmões, aprecie o calor do sol a tocar-lhe a pele. Dedique um momento por dia a ponderar sobre uma coisa positiva que tenha sucedido nesse dia. Deixe a gratidão inundar a sua mente quando se recorda de um carinho recebido, seja sob a forma de abraço, comida, telefonema, reconhecimento ou gesto.

Caso se sinta triste, abatido, ansioso, a escolha de ficar sentado no sofá da sala, a pensar de modo repetido sobre como as coisas estão mal, será, garantidamente, o melhor remédio para manter esse humor. Eu sei que, de vez em quando, poder ficar colado à gravidade, mesmerizar o pensamento no nada (ou no tudo, é à escolha do freguês) e simplesmente não se erguer para nada que não sejam funções básicas, acaba por ser muito atractivo. E, se efectivamente for "de vez em quando", não tem consequências de maior. Contudo, se procura uma mudança em si, se quer sentir-se melhor, com mais energia e ânimo, então a solução passa por não se delongar na pespectiva desolada dos eventos. Passa por ir dar uma caminhada, por telefonar a alguém de quem se gosta, por andar de bicicleta, por ir passear à praia, por tentar colocar o corpo e a mente em movimento. Superar a comodidade do momento pode ser uma bela forma de animar-se e sentir-se melhor. Se não fizer nada para mudar o seu estado, já sabe que o resultado de manter-se igual é, seguramente, certo. Caso tenha a coragem de arriscar, pode ficar surpreendido com os resultados. 

Voltaremos, no futuro, a mais dicas específicas sobre este inesgotável tema. Entretanto, para colocar em prática estas sugestões, aconselho a que se respeite a si e à inevitabilidade da vida. Será que assim tudo correrá bem? “Talvez sim, Talvez não. Aguardemos para saber”.

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